quinta-feira, 30 de agosto de 2007

MÁSTER DE NATAÇÃO X SECRETARIA MUNICIPAL DE ESPORTE (gestão dias-barrenta)

Um colega de natação me mandou uma pequena notícia produzida pelo Folha Digital, (jornal on-line de uma faculdade particular local) assinado por Rafaela Haddad Costa. Eu fiquei um pouco incomodada com o que li na reportagem e por isso faço questão de me deter no tema. Antes porém, é bom lembrar que meu interesse na natação amadora se restringe ao prazer na confraternização com pessoas que gostam do mesmo esporte. Eu não ligo muito para as interpretações, mas pode ter algum louco por aí que talvez, depois de ler minhas colocações, ache que eu possa ter pretensões políticas ou financeiras. Pode parecer exagero meu, mas se para minha amiga Marta levantaram a hipótese de candidatura à prefeitura, podem muito bem pensar que eu já estaria no seu quadro como secretária do esporte. Pavor-pavor-pavor!!!
Bem, mas vamos à notícia. Ali temos a informação de que a equipe Máster de Natação de Maringá mantém-se em segundo lugar da classificação geral da disputa estadual, apesar da falta de patrocínio. Em primeiro está uma equipe de Curitiba que possui um patrocínio significativo do setor privado e em terceiro, Londrina, também financiada pelo setor privado. Como recheio desse sanduíche, a equipe de Maringá persiste em segundo e com a característica de não ter qualquer patrocínio. É tudo por amor ao esporte. Mas a equipe tem sentido que está apertando o bolso, afinal a natação não é dos esportes mais baratos para se praticar. Foi formada uma comissão no início do ano para solicitar apoio da prefeitura da cidade, afinal se leva o nome de Maringá para as disputas. Contudo, a resposta foi negativa e a reportagem traz esses dados também. A secretária do esporte, Edith Dias diz que é isso mesmo, que a equipe local tem mais é que procurar o setor privado para conseguir recursos.
Ou seja, a equipe leva o nome da cidade, mas não tem reconhecimento algum. Vale a pena sublinhar isso. Se a equipe conseguir patrocínio privado, o que ficará evidente será o nome da empresa e não da cidade (Como no caso de Londrina – e eu me recuso a dizer o nome da empresa, pois não vou ganhar nada com essa remota pequena propaganda).
Pois tenho um ponto de vista divergente da senhora secretária. Seria nobre que justamente o contrário ocorresse. Que a equipe de Maringá apresentasse o diferencial de ser apoiada pelo setor público, expressando uma [possível] idéia diferenciada e avançada de gestão pública, que realmente investe em setores ligados àquilo que é próprio do público, as questões de saúde e educação (nas quais o esporte se insere). Caramba, mas isso seria exigir muito da capacidade cognitiva e política dessa administração, não?
E daí que, na reportagem a senhora secretária desanda de vez ao chorar as pitangas com os custos. Ela informa que a Secretaria só tem 1,7 milhões de reais por ano para as demandas em esporte. Uau! Eu fiquei com vergonha alheia. Porque a equipe Máster de natação solicita apenas 3 mil por ano! Ou seja, se minhas contas estiverem certas, é menos de 0,1% do orçamento!!!
Dá vontade de dizer tantas otras cositas más... Mas deixa assim, tá bem entendido aí o desinteresse e falta de visão, né?

2 comentários:

Anônimo disse...

Sinto asco. Puro nojo mesmo, quando vejo esses secretrariozinhos do praefectus abrirem a boca pra justificar falta de verba. Tudo lhes parece secundário (exceto o deles, é claro!).

Cabe aqui minha pergunta, Val: - ¿o quê será que é prioritário então pra essa gente? Ora, vila olímpica sem pessoas é o mesmo que vaca sem útero: matadouro na certa!

Depois, querer pegar carona depois no mérito de equipes esportivas autônomas, vencedoras com recursos próprios, alardeando o nome da cidade e da administração do momento, é coisa de quem... Aliás, lembrei agora do que mineiramente sempre falou meu velho pai, recém partido: - Quem não presta não vale nada mesmo...

Marta Bellini disse...

Boa, Val. Dá vontade de pular no pescoço, não dá???