Um colega de natação me mandou uma pequena notícia produzida pelo Folha Digital, (jornal on-line de uma faculdade particular local) assinado por Rafaela Haddad Costa. Eu fiquei um pouco incomodada com o que li na reportagem e por isso faço questão de me deter no tema. Antes porém, é bom lembrar que meu interesse na natação amadora se restringe ao prazer na confraternização com pessoas que gostam do mesmo esporte. Eu não ligo muito para as interpretações, mas pode ter algum louco por aí que talvez, depois de ler minhas colocações, ache que eu possa ter pretensões políticas ou financeiras. Pode parecer exagero meu, mas se para minha amiga Marta levantaram a hipótese de candidatura à prefeitura, podem muito bem pensar que eu já estaria no seu quadro como secretária do esporte. Pavor-pavor-pavor!!!
Bem, mas vamos à notícia. Ali temos a informação de que a equipe Máster de Natação de Maringá mantém-se em segundo lugar da classificação geral da disputa estadual, apesar da falta de patrocínio. Em primeiro está uma equipe de Curitiba que possui um patrocínio significativo do setor privado e em terceiro, Londrina, também financiada pelo setor privado. Como recheio desse sanduíche, a equipe de Maringá persiste em segundo e com a característica de não ter qualquer patrocínio. É tudo por amor ao esporte. Mas a equipe tem sentido que está apertando o bolso, afinal a natação não é dos esportes mais baratos para se praticar. Foi formada uma comissão no início do ano para solicitar apoio da prefeitura da cidade, afinal se leva o nome de Maringá para as disputas. Contudo, a resposta foi negativa e a reportagem traz esses dados também. A secretária do esporte, Edith Dias diz que é isso mesmo, que a equipe local tem mais é que procurar o setor privado para conseguir recursos.
Ou seja, a equipe leva o nome da cidade, mas não tem reconhecimento algum. Vale a pena sublinhar isso. Se a equipe conseguir patrocínio privado, o que ficará evidente será o nome da empresa e não da cidade (Como no caso de Londrina – e eu me recuso a dizer o nome da empresa, pois não vou ganhar nada com essa remota pequena propaganda).
Pois tenho um ponto de vista divergente da senhora secretária. Seria nobre que justamente o contrário ocorresse. Que a equipe de Maringá apresentasse o diferencial de ser apoiada pelo setor público, expressando uma [possível] idéia diferenciada e avançada de gestão pública, que realmente investe em setores ligados àquilo que é próprio do público, as questões de saúde e educação (nas quais o esporte se insere). Caramba, mas isso seria exigir muito da capacidade cognitiva e política dessa administração, não?
E daí que, na reportagem a senhora secretária desanda de vez ao chorar as pitangas com os custos. Ela informa que a Secretaria só tem 1,7 milhões de reais por ano para as demandas em esporte. Uau! Eu fiquei com vergonha alheia. Porque a equipe Máster de natação solicita apenas 3 mil por ano! Ou seja, se minhas contas estiverem certas, é menos de 0,1% do orçamento!!!
Dá vontade de dizer tantas otras cositas más... Mas deixa assim, tá bem entendido aí o desinteresse e falta de visão, né?
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
sábado, 25 de agosto de 2007
:. Clipe: Caiapó Metutire - Caiapó .:
CINUEM APRESENTA
Na próxima sexta-feira (31/08), às 18:30h no audtório da FADEC (campus central da UEM, prédio 36), apresentaremos o documentário sobre essa etnia exuberante, Caiapó Metutire. Apareçam! Esperamos que a sessão seja tão atraente e participativa quanto as anteriores. O debate estará sob minha coordenação e da professora Isabel Rodrigues (DHI).
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
Hora do lanche
IPÊ
Meu bairro fica mais bonito em agosto. É quando florescem os ipês amarelos. Eles me lembram também que é o meu mês de aniversariar.
Esta árvore fica na minha calçada. O contraste com o céu azul é deslumbrante.
Adoro ver meu carro assim todo florido!*
**O que é algo bem incompreensível para os mal humorados ou quem não pensa muito na fugacidade da vida.
AÊÊH!!
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
FORÇA E BELEZA
Considero a natação uma modalidade esportiva mui bela. É um prazer ver um bom nadador nadar. .A harmonia dos movimentos e o seu deslizamento na água escondem a boa dose de força que o corpo exerce.
E lá fui eu nadar. No master estadual.
São quatro etapas. Cada uma em uma cidade distinta. Ao final, acontece uma pequena festa de confraternização e os melhores desempenhos recebem seus troféus.
Claro que eu não ganharei troféu algum. Mas durante essas etapas fisguei algumas medalhas*. A última acontecerá em novembro(eu, de novo, abaixo)**.
O mais divertido é participar da equipe. A gente ri muito, brinca muito um com a cara do outro. Somos todos muito diferentes: há estudantes, micro-empresários, enfermeiros, biólogos, técnicos em informática, psicólogos, professores, donas de casa, militares aposentados etc. E de todas as idades, dos 20 aos 70 anos. Mas como membros da equipe, todos são antes de tudo, nadadores amadores, encantados pelo esporte. No entusiasmo da brincadeira no interior do ônibus durante a viagem, todos são incluídos na bagunça. Dos 20 aos 70, todos viram crianças.
E isso é o melhor de tudo. Adoro.
*Cadê a minha medalha? Minha filha pegou para brincar. Depois eu coloco uma foto dela aqui.
**E... no maior sufoco do frio que pegou a todos de surpresa no dia da competição.
terça-feira, 14 de agosto de 2007
Responda à Lispector
Amo conversar com a Lu.
Tão culta essa minha amiga de Bsb!
E tão doce e tão feroz em sua doçura.
Mandei pra ela uma questão sobre uma pergunta que a Clarice Lispector fazia aos seus entrevistados, numa época em que ela precisava fazer esse tipo de trabalho para pagar o pão nosso de cada dia. E a Lu me deu uma pequena e deliciosa aula de Lispector.
Tudo-de-bom!
Aí que eu lanço a pergunta da Lispector para quem quiser responder:
PARA VOCÊ QUAL É A COISA MAIS IMPORTANTE PARA UMA PESSOA COMO INDIVÍDUO?
Modernidade na província
Nesse final de semana que passou fui fazer algumas tarefas domésticas. No caso, ir ao Super fazer as compras do mês. Daí que eu e a loira* aproveitamos para almoçar lá no tal do shopping** onde tem o Super que a gente gosta de comprar.
E lá estamos comendo na praça de alimentação, mesas padrão, excesso de produtos descartáveis***, fast food, refrigerantes... Olho em uma mesa mais distante à minha frente e acompanho uma cena. São duas moças dividindo um sorvete. Estão sentadas lado a lado e diante do meu campo de visão. Elas não percebem meu olhar. As cadeiras são fixadas na mesa, de tal forma que não é possível mudá-las de posição. As moças encontram a alternativa de cada uma sentar mais na ponta lateral de cada cadeira para ficarem mais próximas. Enquanto uma saboreia uma porção de sorvete a outra observa-a e passa o braço suavemente por suas costas. Depois, discretamente, retira o braço e pega o sorvete que lhe é oferecido. Agora é a outra que, também discretamente, aperta com uma das mãos por debaixo da mesa, uma das coxas da companheira. Elas terminam o sorvete, levantam e se vão.
Fiquei surpresa!
Surpresa porque achei um ato de coragem das duas. Ainda que estivessem discretas, qualquer olhar poderia detectar que se tratava de um casal. E, embora goste muito da cidade onde moro, tenho que reconhecer que o preconceito aqui ainda é grande.
Saí contente para as compras. Ganhei o dia.
*Minha filhota
**Cá entre nós, não se trata de um shopping, é uma galeria de lojas, mas para os padrões provincianos locais talvez seja...
***Gente, como produzimos inutilidades!
E lá estamos comendo na praça de alimentação, mesas padrão, excesso de produtos descartáveis***, fast food, refrigerantes... Olho em uma mesa mais distante à minha frente e acompanho uma cena. São duas moças dividindo um sorvete. Estão sentadas lado a lado e diante do meu campo de visão. Elas não percebem meu olhar. As cadeiras são fixadas na mesa, de tal forma que não é possível mudá-las de posição. As moças encontram a alternativa de cada uma sentar mais na ponta lateral de cada cadeira para ficarem mais próximas. Enquanto uma saboreia uma porção de sorvete a outra observa-a e passa o braço suavemente por suas costas. Depois, discretamente, retira o braço e pega o sorvete que lhe é oferecido. Agora é a outra que, também discretamente, aperta com uma das mãos por debaixo da mesa, uma das coxas da companheira. Elas terminam o sorvete, levantam e se vão.
Fiquei surpresa!
Surpresa porque achei um ato de coragem das duas. Ainda que estivessem discretas, qualquer olhar poderia detectar que se tratava de um casal. E, embora goste muito da cidade onde moro, tenho que reconhecer que o preconceito aqui ainda é grande.
Saí contente para as compras. Ganhei o dia.
*Minha filhota
**Cá entre nós, não se trata de um shopping, é uma galeria de lojas, mas para os padrões provincianos locais talvez seja...
***Gente, como produzimos inutilidades!
domingo, 12 de agosto de 2007
Cansaço...
Tenho uma amiga que diz que eu sou muito exigente com meus alunos.
Ela diz que eu devo ser exigente sim, mas também mais afetiva. Que falta afeto na minha relação com os alunos e que isso contribui para os resultados e tal.
Não entendo muito isso.
Chego a ter uma intuição sobre, mas ainda não compreendo.
O fato é que eu vivo uma luta constante para me comunicar melhor com esses alunos e cada final de disciplina ainda carrego uma boa dose de frustração.
Acho que se eu pudesse mensurar numericamente, diria que os alunos com bom rendimento nas disciplinas atingem uns 20% do que acontece nela. Mas a maioria, a grande maioria não chega a 5%.
Dá um cansaço...
No final da semana que passou fui assistir a apresentação final dos trabalhos dos alunos para o encerramento de uma disciplina que considero muito legal (Diferente daquelas mais técnicas e massantes, em que o aluno precisa cumpri-las obrigatoriamente). E eu tive que fazer cara de paisagem, pois tudo foi muito ruim e nessa altura do campeonato não havia mais como remendar nada, assim o melhor seria não demonstrar o desampontamento.
Nada do que foi discutido teoricamente se apresentou nas toscas interpretações. Todas as leituras da cultura contemporânea continuaram pautadas no senso comum. Parece que a disciplina não os afetou.
Quem tentou ainda apresentou confusões assim, de colocar como análogas o interpretante (da semiótica) e o intérprete. Ulalá!
Enfim, a resposta é pouca, é rasteira e considero inconcebível que universitários tenham um desempenho assim e isso lhes pareça suficiente. É tão estranho...
O que fazer com isso?
quinta-feira, 9 de agosto de 2007
Susto
O Yam (aí na biblioteca, onde gosta de tirar uma soneca)saiu para dar uma volta e retornou com todos aqueles sinais de intoxição alimentar: espasmos musculares, atordoamento, descontrole dos esfíncteres (ou seja, urinava e defecava sem parar)... Ele me olhava em desespero e eu fiquei aflita!
Levei-o rapidamente à veterinária de plantão. Achei que não iria sobreviver (afinal, não seria o primeiro caso vivenciado).
Felizmente ele retornou muito bem e já brinca com os demais como sempre.
O único porém é que lhe deram um banho e tanto e ele voltou com um perfume insuportável!
Tanto, que Rita (companheira de travessuras fiel) estranhou rosnando feio para ele. Yam curvou-se meio que pedindo desculpas. O jeito foi dar outro banho... E mesmo assim ainda sentimos o tal perfume quando o cheiramos mais de perto.
Yam sempre nos diverte, até nos sustos que prega!
Assinar:
Postagens (Atom)