segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Mas, professora, onde é a biblioteca mesmo?


Eu queria mesmo saber onde isso começou.
Uma aluna me responde que sempre foi assim, desde o início dos tempos.
Ela está certa.
Mas eu me lembro, vagamente, que num outro tempo, numa outra existência era de outro jeito.
Alunos não sabem fazer pesquisa.
E a responsabilidade é toda do corpo docente.
Rotina acadêmica: Há uma disciplina e um conjunto de textos a serem lidos pelos alunos. Boa parte dos textos está em livros e revistas na biblioteca ou em forma eletrônica na internet. Porém, o professor deve fazer cópia de todos os textos e deixá-las disponíveis em uma pasta para que os alunos possam consultá-la e tirar suas cópias. Se isso não for feito, os alunos simplesmente não conseguem encontrar os livros e revistas, o abrigo dos textos.
Eu me pergunto de novo: quando isso começou? Não é possível que foi sonho, pois eu me lembro bem que nos tempos idos da minha vida de acadêmica, eu freqüentava a biblioteca e lá encontrava todos os textos sugeridos pelos professores.
Um dos desdobramentos desse estado de coisas é que, hoje, um aluno inserido em um projeto de iniciação científica só lê o que estiver listado no projeto (e os textos devem ser disponibilizados pelo professor-orientador). Não há a menor hipótese de que ele explore outras fontes. Simplesmente por não saber fazer isso.
Comento o assunto com um aluno e ele me pergunta: “Mas não é assim que deve ser?”
É isso mesmo.
É assim que deve ser, pois fomos nós, os professores, que construímos essa dinâmica.
Eu tenho evitado deixar cópias de textos para os alunos. Em minha última aula para uma determinada turma eles deveriam buscar o texto na biblioteca.
Biblioteca? Onde? Como?
O resultado é que só um aluno encontrou e leu o texto.
Sigamos!

6 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom, Val. No meu curso, como eu já estava maduro (tinha 33 quando entrei) eu notava essas coisas; o pessoal mais jovem ficava bitoladinho-da-silva naquilo que o professor trazia. Mas bastava uma perguntinha com alguma palavra fora daqueles "comTEXTOS" que a derrapada era fatal. Parabéns! Ajude mesmo a turma de seus alunos a notar que ele terão de sair OUTROS da academia OUTROS, sem plagiá-la, porque somos iguais apenas na partida, na chegada é que estão os outros quinhentos...

Val, navegando encontrei algo que, de plano, lembrei-me de você. Quando puder acesse: http://204.3.160.111/sites_pessoais/sites/lm/leg/leilgp93.htm

abração

Luiz Modesto disse...

Ouvi falar dessa histórinha de sala de aula ontém, e vim conferir aqui hj, Val.
Hum, uma coisa: acho que vc precisa escolher uma fonte ou um fundo mais claro para o Gatos, atos e fatos. Tá difícil para ceguetas como eu.
Abraços.

Ah, sim. Abigail está linda. Vou mandar algumas fotos dela "reinando" lá em casa...

Val disse...

Balestra, obrigada pela visita. Eu li o texto que recomendou. Gostei muito. Percebo nos gatos um pouco daquela poesia.
Abraços!

Val disse...

Ei Modesto!
Obrigada pela crítica à aparência do blog. Estou insistindo na cor escura por saber que ela é mais ecológica, gasta menos energia. Mas ainda não estou bem certa quanto ao todo. Assim, vou mudando volta e sempre.
Mande sim, fotos daquela "reina". Muito chamego prá ela! Abraços!

Marta Bellini disse...

tô adorando seu novo blog!

,maravilha

Joaõ Valentin Wawzyniak disse...

Ótimo esta tua reflexão sobre a falta de compromisso dos alunos em procurar textos na biblioteca.

Abraço
valentin