terça-feira, 4 de novembro de 2008
Brincos, memória, afeto
Lá na Reina, Denize nos pergunta se colecionamos algo.
Eu me lembrei imediatamente dos meus brincos. É uma espécie de coleção. Não é um empenho constante e planejado. Vou adquirindo os brincos ao acaso, quando encontro um par que se coaduna com meus desejos e sentimentos.
E como disse lá, achei divertido e caloroso repetir aqui.
Eu comecei minha coleção (acho que devo ter cerca de 30 pares) de brincos quando comprei o primeiro e fiquei encantada em poder sair mundo afora com eles balançando a cada passo. Depois de um tempo é que entendi que o encantamento era muito mais do que se sentir bela com os adornos.
Os brincos me lembram uma tia querida que teve um papel fundamental na minha infância. Sempre que ela nos visitava estava com brincos de ouro, em forma de pingentes. Sempre vinha com um diferente. Presentes do marido. E sua chegada era como a de uma brisa. Ela era pura suavidade, delicadeza. Com ela aprendi o que é carinho e afeto.
Assim, colocar brincos é mais que um simples se adornar. É atualizar a memória de um afeto tão significativo em minha vida. É adornar-se de carinho.
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