sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
A CURIOSA VIDA DE BENJAMIN BUTTON
O filme das férias de verão.
Vi. E gostei muito.
É linear. Tem algumas incoerências no meio. Coisas que os cinéfilos não gostam muito. Eu não me importo. O que me importa é que seja uma boa história.
É um filme que focaliza a morte. Desde o início até o fim ela é escancarada. Mas não como uma coisa assustadora e ruim.
Ela é assustadora, porém é uma necessidade do nosso tempo pensar nela.
O filme é um discurso de contraponto ao senso comum contemporâneo que insiste em negar a morte.
Há trechos no filme que me encantaram mais:
►Quando o protagonista nos primeiros anos de vida é informado que sua morte está próxima, ele passa a encará-la como algo natural que faz parte do cotidiano (como negamos isso!). Todo o restante do filme é coerente com essa base.
►A presença constante da água. Ela inspira a idéia de fluidez e plasticidade que a vida é. Um dos argumentos do filme.
►Quando o par romântico do protagonista se envergonha da própria velhice diante da juventude do parceiro, ele responde que havia aprendido a não se olhar no espelho. Esse é um dos aprendizados importantes que a morte pode fornecer.
►O relógio que gira em sentido inverso. É um objeto poético que fez doer todos os sentidos.
E claro, o filme fala muito de memória e lembranças. Voltei para casa impactada com as próprias lembranças.
Lembrar dele foi inevitável.
E não receei a dor. Dirigi e chorei até em casa.
O filme é bom. Vá ver. E se chorar, também vai ser bom.
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4 comentários:
A beleza poética desse filme esconde qualquer ponto de crítica negativa que se possa fazer a esse drama. Uma triste história abraçada a beleza do amor, assim, uma poesia encenada.
ps:Se ainda não assistiu, procure ver Sete Vidas, também recem lançado. Um drama fortíssimo, com ótima atuação de Will Smith.
Ótimo comentário sobre o filme.
Um forte abraço.
Sem mais, Marcos Vinícius.
Não vi o filme que menciona. Vou procurar.
Valeu a dica e o comentário.
Abraços to!
Ei mana! Que saudades, querida.
Visual novo, hein?
Valzinha, aos poucos quero voltar a escrever, já que estou um pouco menos neurótico com o lance dos concursos. Passei, assumi e só vou pensar em livros novamente lá pra julho.
Eu agora que vou voltar a ter vida normal, mas esse filme aí tá na minha listinha. Vou ver e depois tricotamos.
PS: Lembrar dele, apesar das memórias, do choro, deve ter sido ótimo, porque os afetos não morrem, não é Val?
Beijo
Lu! Coisa boa saber que sua vida vai voltando ao normal. Gosto tanto de ti... sabes bem! Às vezes sinto falta daquele nosso blog coletivo, o Hormoniosas, lembra? Como eu me divertia! Sim, sim. Volte a escrever. Por vezes, escrever é a única saída. Besos no más!
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