quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Teste do Cap. Nascimento

Como ela, eu às vezes curto essas bobagens de teste. Entonces, fiz esse novo aí.

Socorro! E o pior é que tendo a concordar (em parte) com o resultado. Eu sou meio briguenta, mas não tenho a menor vocação para a coisa.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

25 dias


Nosso caçulinha está com 25 dias. Agora já brinca com os irmãos e fica difícil parar de olhá-los nas travessuras. Ainda não temos certeza do sexo. Se for gata, já escolhemos o nome. Será Abigail. Mas masculino ainda não definimos. Vamos aguardar.

UAU! Nós temos troféu!


Gente! E não é que na etapa final, em Curitiba, eu alcancei duas medalhas de ouro, o que me garantiu a colocação de quarto lugar no cômputo total?! E eu nem sabia que havia troféu para até o quinto lugar.
Vamos combinar, eu nunca ganhei troféu na minha vida! Fiquei toda faceira. Parecia que tinha sete anos!
Rá! A vida e suas surpresas.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

NOSSO CAÇULA


Olha que fofucho! Ainda não sabemos se é gato ou gata, mas estamos abertos a sugestões de nome para nosso caçulinha. Ele só tem 18 dias. Ainda ficará com a mamãe e os irmãos. A previsão é que ele venha para casa com quase dois meses. Afinal, todo mundo precisa de um pouco de mãe.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

A árvore e ela

Desde muito pequena ela soube do amor do pai pela natureza, mais especificamente, pelos elementos da flora em geral. Ele lhe ensinou algumas leituras sobre as plantas e ela não esqueceu. Depois que ele se foi, acrescentei mais alguns códigos. É a nossa linguagem secreta que alimenta a memória dele entre nós duas.
(...)

Desde muito pequena ela aprendeu o significado desse sinal: Quando os flamboyant florescem é sinal de mais um aniversário seu. Ela fica atenta às primeiras flores e quando a cidade explode em vermelho, é uma alegria só!
Sábado ela faz 8 anos. Tão linda e amada ela é!
Minha vida só tem sentido por que essa alegria enrubesce meus dias.

Maternidade II

Nova visita aos pitucos.

Como cresceram!

Feminismo e literatura

O colega blogueiro Balestra sugeriu que eu desse meu pitaco no post dela. Mas eu achei melhor não. Sabe como é... Minha opinião é um pouco divergente e daí que não quero gerar polêmica. Eu entendo a resistência da academia em aceitar uma proposta de tese como a que ela pensava. Do jeito que ela aparece se percebe estar muito marcada pela subjetividade, por julgamento de valor. E isso não é bem visto como uma boa base acadêmica ou científica para respaldar uma tese. Se eu fosse uma potencial orientadora também proporia outro caminho.

Esse tema me lembrou na hora Clarice Lispector. E eu amo Lispector. E ela dizia ser contrária à idéia de uma literatura feminina. Para ela pouco importava o gênero do autor. Importava era o que escrevia e o que escrevia deveria ser algo que interessasse a nós como humanos e não como masculino ou feminino. Enfim, a escrita literária deveria ser universal e humanística. Algo assim ela pensava. Tanto que recusava a distinção poeta/poetiza. Para ela só existiam poetas e ponto final. Sou muito mais simpática a essa posição da Lispector.
Por outro lado entendo e não descarto a importância do feminismo de forma geral. Eu não sou feminista de carteirinha. Não milito. Mas não deixo de identificar retaliações e ações preconceituosas pautadas no machismo. Ações feitas por homens e mulheres, é bom sublinhar. E quando as identifico, sem dúvida reajo. E a reação se vale muito do feminismo. Enfim, valho-me das palavras de Nélida Piñon, em uma entrevista dada a Lispector na década de 1970:

- Você divide poeta de poetiza, literatura feminina de literatura masculina?
“A linguagem é produto do exercício do poder, que entre nós é masculino. Essas divisões clássicas estão a serviço da sociedade masculina, responsável pelo ato de nominar ‘feminina’ a produção da mulher de sensibilidade exacerbada, diariamente contrariada e diminuída pela lista de haveres domésticos. Deste modo, mesmo a mulher de escritura ‘masculina’ (máximo de elogio), nada mais fez que adotar o ponto de vista cultural da sociedade masculina, de que se origina. Pensamos segundo cânones masculinos, o que ironicamente determina que mesmo as escritoras pejorativamente chamadas de ‘femininas’ expressem também sentimentos masculinos, ainda que reprimidos, e sejam pois a contrafação daquela literatura. Ignoro como virá a ser uma sociedade cultural realmente contaminada pelo ponto de vista da mulher, após conquistar ela plena e absoluta igualdade. Até o momento, somos uma das regras do decálogo masculino, razão de se tornar ingrata a tarefa de defender a escritora que escreve como homem, e lamentar a que escreve como mulher. Seria uma injustiça e terrível luta de classe.”
- Você é feminista? O que é que reivindica para a mulher brasileira?“O feminismo é uma conseqüência da minha condição de mulher. Quanto mais habilito-me a interpretar o mundo, melhor compreendo a necessidade de se conquistar uma identidade, que unicamente uma consciência ativa e alerta nos pode conferir. Sou naturalmente feminista, e aspiro para a mulher, independentemente desenvolvida, capaz de integrar-se ao centro das decisões, de que esteve sempre excluída, a ajudar a tornar possível e melhor a vida comunitária dos nossos tempos.”
(In: Clarice Lispector, Entrevistas. Ed. Rocco)

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

É primavera!

Flores do meu jardim:


RESPOSTA LONGA, MAS NECESSÁRIA

Uma leitora fez algumas observações ao meu texto sobre aquela infeliz fala da D. Ana M. Braga. Ao lê-la me vi na necessidade de me deter em responder adequadamente, pois é um tema que muito me afeta. Sinto que temas assim precisam ficar bem claros. Então, vamos ao que a leitora disse e em seguida apresento minhas ponderações. Antes de tudo, vale o esclarecimento que ela afirma ser psicóloga:
“Atendo muitas mulheres em meu consultório, infelizes por não poderem ser mães de verdade de seu filhos, mulheres sofridas e estressadas por terem que encarar tantas dificuldades fora de casa, elas só queriam ser pessoas e mães, mas agora são apenas trabalhadores, que só cabe na frieza e indelicadeza dos seres do sexo masculino, muitas mulheres só queriam ser mulher mas não ocupar o espaço dos homens”.
Essa situação, de trabalharem demais e não poderem se dedicar ao lar e aos filhos em nada tem a ver com a condição contemporânea da liberdade feminina. Apenas como um exemplo, basta lembrar das mulheres no campo, do passado e algumas do presente. Fiquemos com as do passado, já que o tema é sobre as mulheres antes e depois do feminismo. Mulheres do campo do século XIX. Interior do Rio Grande do Sul. O cotidiano dessas mulheres era de acordar muito cedo (4 da matina), fazer o pão, iniciar o almoço, preparar a casa e os equipamentos para o trabalho no campo. O homem acordava pouco tempo depois, comia o seu desjejum previamente preparado e seguia com a mulher para o trabalho na agricultura. As crianças (sempre mais de três) ficavam aos cuidados de uma mulher mais velha (uma avó) ou de uma criança mais velha (geralmente uma menina a partir dos oito anos). Algumas mulheres levavam o almoço, outras esperavam que uma das crianças trouxesse a comida. O final do trabalho era sempre quando a luz do sol não permitia mais a presença no campo. A mulher, mãe e esposa, chegava a casa e ainda dava conta da demanda doméstica (que nem vou listar aqui e que dá para imaginar). O marido ia primeiro para a cama, enquanto ela terminava o serviço. Enfim, ela era a primeira a levantar e a última a ir dormir. Quando via os filhos? Quando curtia sua casa? O destino de suas filhas não seria outro a não ser este.
Outro trecho da leitora:
"Vejo hoje muitas de nós nos butecos enchendo a cara até amanhecer o dia e mendigando homens, será que essa falsa "liberdade" foi bom para nós? O número de mulheres aidéticas aumenta a cada dia, o número de mulhres envolvidas no crack da mesma forma, será que o que é melhor a burka das mulçulmanas que preservam a sua intimidade ou a Carla Perez que pra fazer sucesso tinha que simular relação sexual com uma garrafa em frente a uma multidão pra ganhar dinheiro? Será que conquistamos liberdade ou nos tornamos mais escravas do que nunca???!!!"
Mulheres que se drogam e que dependem afetiva e sexualmente dos homens sempre existiram, isso não é um fenômeno contemporâneo e não tem relação com a liberdade.(Veja por exemplo aqui sobre mulheres viciadas no século XIX)
Outro aspecto importante. Não é possível julgar a liberdade da Carla Perez comparando-a com a burka das mulheres de religião islâmica. Aí se trata de culturas diferentes, com valores diferentes. Colocar desta forma é generalizar culturas por sua caricatura e isso, no mínimo, não é correto. Se assim fosse eu poderia dizer que a religião que impõe a burka (e por sua vez, a obediência) é a mesma que decepa a mão de um ladrão (e por sua vez, a violência)...
A sociedade que permite a liberdade a Carla Perez de passar essa imagem de mulher é também a que me dá liberdade de produzir outros modelos, como o de Doris Lessing, Clarice Lispector, Nélida Piñon (Ou para ficarmos apenas nas atrizes e cantoras nacionais: Fernanda Montenegro, Mônica Salmazo ou Letícia Sabatella) E é essa liberdade que me permitirá ensinar a minha filha qual a imagem de feminino que pode ser mais adequada para sua própria liberdade e respeito por si mesma.
Prá finalizar, o importante é atentarmos que ainda não descobrimos uma forma de viver em sociedade que seja perfeita, sem problemas sociais. Contudo, nossa história nos ensinou algumas coisas que não podemos descartar. E uma delas é a liberdade. Viver em liberdade é algo que não podemos abrir mão. É uma conquista resultante de muitos anos, que engoliu muitas gerações.
Uma coisa é você ser mulher e poder optar entre ser dona de casa, rainha do lar e do marido. Tudo bem. Outra coisa é você viver em uma sociedade em que essa é a única condição para seu futuro de mulher.
É claro que existem muitas mulheres em condições sociais desumanas onde não existe possibilidade de escolha. Mas essas são situações afetam também os homens. São pessoas que vivem condições desumanas, que estão na esfera dos problemas sociais. O que estamos tratando aqui é de princípios humanos mais gerais.
Reafirmo que a gracinha da tal senhora (do programa matinal da Globo) foi infeliz por que trocar a liberdade por prato de comida não é uma opção válida. Não é uma opção que se coloque. Ela é moral e eticamente inadequada.

sábado, 3 de novembro de 2007

Na maternidade

Hoje fomos visitar os novos bebês que nasceram na maternidade Santa Maria das Graças. Eles nasceram dia 31. Cinco! Quase todos pretos, somente um parece ter uma cor amarronzada que tende para o negro. Muito significativo gatos pretos nascendo no dia das bruxas, em? Achei o máximo.
Minha loira aqui reivindicou um. Assim a família aumentará.
Vamos acompanhar o crescimento dos pimpolhos.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Quando é melhor ficar calada


Noite ruim. Ontem minha filhota, minha loirinha-tudo-de-bom, amanheceu doentinha. O dia inteiro com náuseas e vômitos. A noite foi de acordar várias vezes para atendê-la. Felizmente ela acorda um pouco melhor. Eu, meio sonâmbula. Faço um café para acordar. Adoro café. Viva o café. Como tantos outros, meu dia só começa depois da primeira xícara de café.
Como o dia começou anormal (Levantei mais tarde do que de costume), liguei a televisão. Calhou de ser no final do programa da Ana Maria Braga (Globo). Calhou de ser no momento em que ela iria narrar a mensagem final do programa para esse dia de finados. E era uma dessas mensagens chinfrins que querem parecer originais. Em resumo fazia supor ser uma fala de uma mulher moderna que reclama de sua condição de mulher moderna e põe a culpa nas feministas. Se elas não tivessem reivindicado a igualdade social de gênero, as mulheres hoje continuariam sendo as ‘Amélias’ do passado, submissas aos homens e felizes. Felizes por não precisarem assumir as tantas responsabilidades que hoje lhe são exigidas. Assim a idéia é a de as mulheres submissas do passado eram felizes e as de hoje não. E a culpa desse estado das coisas é das feministas que mudaram o que não deveria ser mudado.
Quanta besteira, né? Pra que dizer tanta asneira? E no dia de finados? Não entendi.
Caramba! Fico pensando quantas mulheres assistem a esse besteirol toda manhã...
Dizer que as mulheres submissas do passado eram mais felizes que as atuais é o mesmo que dizer que viver em liberdade é pior do que viver sob a tutela do outro. A liberdade traz o ônus da responsabilidade. Mas esse ônus é infinitamente melhor do que não ter liberdade.
Claro que a senhora Ana Maria Braga (mulher bem sucedida e feliz, por ser moderna e, portanto, livre) estava só tentando fazer uma graça com esse texto sem graça.
Melhor seria se tivesse ficado calada.